domingo, 30 de agosto de 2009

Meus dias únicos...

É interessante analisar nosso estado de espírito quando estamos vivendo intensamente nossos dias...não nos reconhecemos, a nossa verdadeira face nos é estranha!!! Estamos acostumados com a mecanicidade da vida que levamos, com as frases feitas, os gestos automáticos e inclusive as nossas expressões forçadamente naturais...não conseguimos perceber que somos assim a maior parte do tempo, e quando nos deparamos com situações que realmente mexem conosco, retrocedemos com medo da veracidade do que sentimos.
Agora, parando de falar de modo tão geral (1ª pessoa do plural) e admitindo que tudo o que escrevi é comum com muitas pessoas mas transparece diretamente minhas emoções, eu afirmo: É bom sentir que a vida corre por minhas veias, e que momentos de medo, vergonha, dor, e amor são indispensáveis para que eu sinta que faço parte desse mundo, e que não estou insensível a tudo que me acontece. Sei que conselhos alheios nunca dizem o que a sua própria voz pode te dizer, mas quem quer que esteja lendo este texto, peço que leve em conta efemeridade da vida, e que pior do que sofrer as consequências de nossas ações, é sofrer o peso da nossa consciência, que nos atormenta pelo resto da vida por possibilidades que não experimentamos e que por isso não sabemos que consequências trariam.
"Paz, amor e empatia"

domingo, 9 de agosto de 2009

06/2008 (Parte III)

Olhares rebeldes,
movimentos precisos,
inspiração, transpiração...
...improvisos!
A criatividade é um dom
comum à humanidade,
e com ela
colocamos os nossos sentimentos
em busca da liberdade.

O provocar, induzir,
forçar, instigar...
...meta, objetivo, foco...
...nada fica perante o ser humano,
pois tudo o que ele faz
é pra conseguir o que quer.

A imensidão da luz
ultrapassa meus olhos,
foco o nada, penso em nada,
ou em algo, retorno,
mesmo sem saber
o intuito da viagem,
valeu a pena!

Pensamentos repetidos,
olhares vazios,
falta de forças para o resto...
...e sensações de vem e vai
como uma grande montanha russa,
que joga e puxa
todas as emoções.
Misturando-as, confundindo-as,
trazendo-as à flor da pele,
com palpitares frios e dores estranhas,
além de uma ânsia agoniante
que sempre queremos
vivenciar novamente.

Somos uns loucos
com constantes pulsões de morte
que nos remetem
ao prazer e à insanidade.
Riscos que trazem à vida
um gosto doce, um perfume forte,
um som pesado e um toque macio.
Fetiches que provocam o calor
e o frio em um só momento,
e nos impulsiona pra vida
com um novo olhar.

Há ainda o perfeccionismo
presente no subjetivo
que mesmo sem se pronunciar
traz consigo a cobrança,
exigência e tortura,
através da consciência.
Maldito este, que atormenta
e impressiona,
tornando o homem um nada
diante de seus próprios pensamentos,
com julgamentos impróprios
e sem fundamentos,
somente para prender a mente
em um hospício de contradições.
(...)