quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Perturbações

Não sei se volto ou ando em frente. Não sei se desisto ou mudo de rumo. Não sei de nada que possa me tirar desse lugar imundo. Uma dor constante agora me pressiona a alma. Não consigo mais pensar com clareza. Acho que desisti de entender a mim mesma. O desespero por não sofrer também me leva ao sofrimento. Não consigo desamarrar esse nó de desalento. Buraco. Vazio. Ânsia que estou certa de que será permanente...agora mais do que nunca. Talvez o porvir seja diferente, mas isso também me angustia.

Uma vez me perguntaram: "Qual o seu maior medo?" E eu naturalmente sem pestanejar respondi: "Temo o que não conheço."   Agora penso que o medo está sempre comigo, e que por isso minha vida de sofrimento já não é tamanha novidade. "E agora?", eu penso. Na realidade estou mais uma vez perdida. Ninguém sai do lugar se temer o futuro.     "Eu conheço o futuro?"      Pois é, acho que essa angústia está aumentando...aumentou...vai aumentar...não sei! Mas houve um dia em que não temi o futuro, e ele me ferrou. Passei a ter medo. Sou teimosa. Enfrentei o futuro novamente...e ele não tardou a me ferrar!
Agora tenho uma nova teoria: Menos de três meses não é futuro.
Se você o teme, se jogue. Mas não permita que os três meses se passem...ou então o futuro finalmente aparecerá, e você o conhecerá...quer arriscar??

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Uma presença estranha

A sensação de algo te observando. Uma voz por vezes próxima ao ouvido. O sarcasmo de uma presença que tenho a sensação de conhecer. São pessoas estranhas, penso comigo mesma. O pior de tudo é a impressão de estar sendo julgada ou analisada de certo modo, com tantos rostos e vozes que me rodeiam. Me sinto incomodada...mas não saio do lugar. Permaneço imóvel na minha tarefa aparentemente útil, com receio de que o espaço seja tomado por novos rostos...desespero sem sentido!!!
O foco, a falta dele, as confusões...minha cabeça gira e a atenção foge. Conversas, mais vozes. E essa presença insiste em permanecer, porque quero que permaneça. Risos. A preocupação de antes agora já não existe mais. Somente a dislexia e a piada. Lembranças que me fazem mais leve do que já sou, pois agora são irrelevantes. Ouço uma música ao fundo, algo tira o meu foco...desligo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Umph!

A coisa mais trágica da vida é não esperar coisa alguma dela. Sempre escrevemos coisas do tipo "Seize the day" ou "Carpe Diem" (como preferir!), e dizemos palavras de ânimo para que as pessoas curtam mais esse mundo de cão. O que nunca digo é coisas do tipo "curta a vida Jacque!", pois nunca há sujeira em nossos olhos. Feliz foi o Dr. Sayer, que pôde descobrir a beleza da vida a tempo, por intermédio de seus pacientes. Caramba, me parece que essa cultura em que vivemos vai demorar um pouco pra dar uma mudada legal, pois ainda é um costume popular dar valor somente ao que nos é inalcançável, difícil ou ao que perdemos...como valorizamos algo depois que perdemos? Afinal, não há o que valorizar, não é mesmo? Nossas ações são um eterno paradoxo...Freud explica, e Skinner resolve!!!

Sugestão de filme...vale a pena: Tempo de Despertar