terça-feira, 30 de junho de 2009

Não sou poetisa, mas ainda há memórias! (Parte II)

Cicatrizes que sangram a todo momento,
pois se rompem

a cada êxtase sentido

e vivido.



A frieza, indiferença

e tudo o que se faz

para magoar o outro

mesmo inconscientemente.

Porque todos agimos dessa forma

e não possuímos controle.



É o selvagem, egoísta,

o impensado, o impulsivo...

...somos animais descontrolados,

causadores de consequências

de todos os tipos e tamanhos,

e não somos capazes

de conter esses atos,

somente de arrepender-nos

após o que está feito.



Surpreendente sensação

de leveza e felicidade.

A respiração fácil,

o sorriso nos lábios

e o brilho no olhar.

Tudo sem motivo,

ou por qualquer coisa

que não se sabe o quê

nem o por quê definido,

mas que só se sabe

que é bom, e é bem vindo!

(...)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Memórias Passadas...(Parte I)

Vidas passadas
combinação contínua
ardor latente
sentimento confuso
sensação surpreendente.

Pontadas, arrepios, sorrisos
ternura incandeada
por suspiros e gemidos,
coração, força, mente...
...nada que um dia
eu me arrependa.

Sonhos, liberdade, vôo...
...contínuo e sem pouso.
Presença eterna de diamantes
que não foram lapidados.
Com uma beleza pura e natural,
de uma criança
perdida em bosques sem fim.

Promessas não existem.
Somente esperanças de um nada
que faz todo o sentido
para a alma do felizardo.
Que completam a existência dos seres
e a função da vida.

Formas perdidas no espaço do cogitar
e tornar o cogito possível,
sem saber
que elas podem não ter
finalidade alguma.

Além de formas, palavras,
gestos e nadas...ou tudos.
Possibilidades perfeitas
e inusitadas.
Lógicas e inacabadas...
...sem o intuito
de trazer benefícios ou mágoas,
apenas possibilidades.

Doces ocasiões,
célebres momentos,
nenhum aproveitamento.
Somente experiências
sem o valor reconhecido
por aqueles com razão.

Dores, horrores, apunhaladas
que provocam sofrimentos,
sem culpa,
só com o peso da traição,
infidelidade.

Lágrimas contidas
em soluços presos no peito,
que fazem força por impulsos
que brotam do instinto,
mas não são soltos
pela visão de certo.
(...)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Na ponta do lápis...

Quando escrevo é como se todo o peso ou alegria saísse pelas pontas dos dedos e penetrasse no papel com toda a solidez em que antes estava presente na minha alma. Mas, percebo que o efeito da escrita é como um desabafo ao vento, que se dissolve no ar dentro de segundos e volta para a minha consciência. Desta forma, ao mesmo tempo que me sinto bem ao "expulsar" todo o over para esta e outras folhas de papel, também fico melancólica ao perceber que esta atitude não surtiu o efeito que eu esperava.

Essa primeira postagem é mais uma explicação quanto ao nome do blog...
...um dia, em pleno colegial, estudei o movimento romancista da literatura e me deparei com autores que expressavam a dor e o sombrio da forma mais bonita que já vi. Eram os poetas do mau do século. Dentre eles, Álvares de Azevedo, meu favorito. Entretanto, uma história em especial me chamou a atenção (que não era de Álvares de Azevedo), e foi somente anos depois, no primeiro período do curso de psicologia, que tive contato com "Laranja Mecânica".

O nome desse blog é uma homenagem ao vocabulário extremamente criativo de Alex DeLarge!