quarta-feira, 16 de março de 2011

"It's over"

Eu olho para as teclas e penso, "Acabou". Nada me vem à mente, nada mais permeia meus pensamentos...está tudo vazio. As inquietações, tormentas, os amores e sofrimentos...as alegrias. Minha vida está vazia. Tudo me lembra uma fila de peças de dominó que não pára que desabar...um, após outro, após outro, após outro...e o mundo desaba. Assim como nada pior do que a indiferença entre as pessoas, não há nada pior do que o vazio em si mesmo.
Sinto como o jovem Pip do romance de Dickens, à espera de suas "Grandes Esperanças". Essa ambiguidade se encaixa perfeitamente, à medida que minhas esperanças se foram e espero que elas cheguem no clímax da minha trajetória, vestidas à rigor para os grandes momentos. Por hora, fica somente o vazio a me acompanhar nesse percurso longo e sem obstáculos ou paradas, como uma "infinita highway" composta de antimatéria.

3 comentários:

  1. O vazio de si mesmo é o mais triste dos vazios. Alguém já disse isso antes, não sei se com essas mesmas palavras, mas concordo plenamente. E fico triste.

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  2. Gostei muito do final: "como uma 'infinita highway' composta de antimatéria."
    Legal!
    Quanto aos vazios... não conheço (fora vazios físicos) outro que não seja o vazio de si mesmo.
    Até a falta de outra pessoa é um vazio de si mesmo... Acho que vou escrever sobre isso...

    P.L.E (Ainda insisto rsrs)

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  3. Ainda creio que podemos TRANSCEDER. Mesmo que os vazios dentro de nós ocupem um espaço enorme.

    Texto interessante e bastante reflexivo.

    Beijos.

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